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A contribuição culinária dos retornados se estende desde a introdução da cultura da mandioca e do milho, hoje muito populares, até o desenvolvimento do plantio do dendê e a adoção de pratos de tradição tipicamente brasileira.

 

A atual culinária dos retornados, especialmente no Benin e na Nigéria, preserva muitos dos pratos trazidos ao longo do século XIX. Embora a maioria deles seja reservada para datas especiais, como a festa de Nosso Senhor do Bonfim e a Páscoa, muitos já foram assimilados à cultura local e são degustadosno dia-a-dia. Entre os mais populares estão a feijoada, o “feijão de leite”, preparado com leite de coco (na Nigéria, o prato é servido, em geral, na sexta-feira da Paixão); a “mukeka”, semelhante à brasileira, o “kousidu”, o “moyo” (molho à base de tomate, cebola e pimentão, que se come com o feijão) e o “gari” (farinha de mandioca, com a qual se faz o “piron”), tradicionais pratos dos retornados do Benin; a canjica, o arroz doce e a farofa (que é servida doce em Lagos); o “dossi” (o nome é claramente uma corruptela do português “doce”), feito à base de mamão e consumido no Benin; o mingau (chamado em Lagos “mengau”); além do “akara”, bolo frito feito com massa de feijão, semelhante ao nosso acarajé.

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